segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Museu Egípcio do Cairo


Museu Egípcio do Cairo é um dos mais fantásticos museus no mundo inteiro. É um grande edifício onde se exibem os tesouros da História egípcia antiga, dando-nos as evidências da maravilhosa capacidade mental e habilidade artística do Homem egípcio antigo. De verdade, antes da chegada da Campanha Francesa, liderada pelo célebre general Napoleão Bonaparte, ao Egito, em 1798, a História Antiga do Egito ficou por séculos quase desconhecida e cheia de muita confusão e ambiguidade.

O atual Museu Egípcio do Cairo foi um fruto de grandes esforços e boa vontade para conservar o partimônio egípcio antigo. Anunciou-se um concurso internacional entre as empresas europeias no final do século XIX para construir um museu, e ganhou o concurso uma empresa de Bélgica, por isso o desenho da fachada do museu, infelizmente, não é egípcio, mas foi decorado segundo o estilo Greco-romano. O desenho do museu foi realizado pelo arquiteto francês Marcel Dourgnon segundo o modelo neoclássico. Em 1897 as obras de construção começaram e terminaram em 1901, mas apenas a 15 de novembro de 1902 o museu foi inaugurado oficialmente durante o reinado do governador do Egipto Abass Helmi (1892-1914).

Ele situa-se atualmente na praça doTahrir (centro da cidade do Cairo) perto da margem oriental do rio Nilo. É um edifício imenso de cor encarnada com um pátio externo vasto. O museu tem uma cafeteria e livrarias que vendem prendas, postais, slides, mapas, guias e livros de história e arte egípcia.


No pátio do museu, em frente do portal interno há três bandeiras, a primeira é a Bandeira Nacional, a segunda representa o Ministério de Cultura, e a terceira pertence ao Supremo Conselho das Antiguidades Egípcias. Lá, na parte superior da fachada se inscreve duas datas, a primeira é 1897, que se refere a data do início das obras de construção, enquanto a segunda é 1901, indica o fim das obras, porém o museu foi inaugurado em 1902. Há também duas letras iniciais ao lado direito e ao lado esquerdo do nome do governador que reinava o Egito de 1892 a 1914 , são as letras “A” e “H” que indicam sucessivamente o nome de Abbas Helmi.

No centro da fachada encontra-se a cabeça da deusa importantíssima segundo as crenças egípcias antigas, a deusa Hathor, que foi considerada uma das mais famosas e antigas deusas egípcias. Era a deusa quem amamentou o deus Hórus quando era bebê durante a ausência da sua mãe Isis segundo os acontecimentos da lenda de Osíris. Hathor era a deusa de amor, alegria, música e maternidade.  Na fachada, encontra-se a cabeça de Hathor, está representada com cara de mulher, dois cornos com o disco solar. Aos dois lados, à direita e à esquerda há uma representação da deusa célebre Isis, a esposa de Osíris, e mãe de Hórus. Isis foi uma das divinidades fundamentais que desempenhou um grande papel na Teologia Egípcia Antiga. Isis foi a deusa da maternidade, fidelidade, e magia.

No jardim do museu, há monumentos por todos os lados, sendo que a maioria deles data do período do Novo Reino ( 1570-1080 a. C aprox.). Ao oeste extremo do pátio encontra-se um cenotáfio, ou um túmulo simbólico construído em homenagem da memória da figura celebre, o egiptólogo francês Mariette Pasha, quem nasceu em 1821 e faleceu em 1881. É, de facto, um cenotáfio de mármore, comemorando esta figura célebre quem lhe surgiu a ideia da fundação do museu que abriga e exibe os  achados. Ele desejou estar sepultado neste lugar, mesmo parece que o cenotáfio é apenas simbólico. O cenotáfio está rodeado de bustos de uns egiptólogos famosos como Champollião, Mariette, Selim Hassan, Labibi Habashi, Kamal Selim etc.


No centro do pátio encontra-se uma fonte cheia de duas espécies de plantas; o Papiro e o lótus. O papiro era o símbolo do Baixo-Egipto (O norte), enquanto o lótus era o símbolo do Alto-Egipto (O sul). O papiro encontra-se nos pântanos da região do Delta no norte do Egipto. É uma planta que precisa de grande quantidade de água e mede quase 2 m. de altura. No Egipto Antigo os papiros eram usados para fazer papel para escrever, sandálias, e barcas etc. Enquanto o lótus se encontrava no sul do país, e havia duas especies; o lótus azul e o lotús branco durante a Época Egípcia Antiga. Sabemos também que os romanos introduziram uma terceira espécie da Ásia. A flor de Lótus foi o símbolo da ressurreição, e além do papiro, o Lótus deu inspiração aos arquitectos antigos para decorar as colunas e capitéis.

Na realidade, o Museu Egípcio do Cairo é um dos maiores museus em todo o mundo em termos de quantidade de ítens expostos e aqueles que ainda estão depositados, pois - de acordo com uma estimativa, o museu possui cerca de 120,000 artigos expostos, enquanto há mais de 100,000 artigos conservados nos armazéns. A exibição destes objetos é organizada em dois andares segundo uma ordem cronológica, correpondendo com a direção do relógio, iniciando-se a partir do Período Predinástico, logo, a Época Arcaica, passando pelo Antigo Reino, o Médio Reino, o Novo Reino, o Período Tardio e termina pelo início da Época Grega no Egito. O segundo andar é dedicado, fundamentalmente, para exibir a coleção de Tutankhamón, os objectos do túmulo do casal Yoya e Tuya e a Sala das Múmias. Aos dois lados diante da entrada do museu há duas esfinges que dão ao visitante uma impressão especial como se estiver entrando um templo egípcio.

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