Centenas de apoiadores da Fraternidade Muçulmana - principal grupo do bloco de oposição ao presidente Hosni Mubarak - cercaram os locais de votação no Egito e enfrentaram a polícia em manifestações de protesto sob alegação de que as eleições legislativas foram fraudadas. As manifestações aumentaram em vários locais na costa mediterrânea da cidade de Alexandria e no Cairo depois do encerramento das eleições.

As eleições parlamentares ocorridas hoje são as mais significativas para as eleições presidenciais previstas para o próximo ano. Pela primeira vez em quase 30 anos a presidência do país vem sendo questionada. Mubarak está com problemas de saúde depois de ter passado por uma cirurgia no começo do ano. Seu partido disse que ele concorrerá a outro mandato de seis anos, informação que não pôs fim às especulações sobre o futuro da liderança do Egito.
As preocupações aumentaram porque no último ano os egípcios ficaram revoltados com a alta dos preços, os salários baixos, o desemprego persistente e os serviços escassos, apesar do crescimento econômico que alimentou a expansão das classes mais elevadas.
Nas eleições de hoje, pelo menos 1.200 apoiadores do partido fundamentalista islâmico Fraternidade Muçulmana, único rival do governo, foram presos e muitos de seus candidatos viram suas campanhas serem interrompidas repetidas vezes. Nas últimas eleições parlamentares em 2005, a Fraternidade Muçulmana impôs uma derrota ao governo ao conquistar um quinto dos parlamentares com direito a voto. As informações são da Associated Press.
AE - 19h34, Domingo, 28 de novembro de 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário