quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cidade da Espanha proíbe uso da burka



Choque de civilizações? Preocupação legítima com os direitos femininos? Ou preconceito puro contra os muçulmanos? Uma cidade do norte da Espanha, Lérida, se transformou na primeira do país a aprovar uma lei que poíbe o uso de véus islâmicos que cubram todo o rosto - como a burka - em prédios públicos. O prefeito Ángel Ros se diz orgulhoso da decisão:
- Lérida é a primeira cidade na Espanha a estabelecer uma norma contra algo que é discriminatório contra as mulheres.
Em entrevista à Radio Nacional Espanhola, Ros afirmou agora há pouco que a proibição é importante para a igualdade entre homens e mulheres. O gesto é em grande medida simbólico, já que apenas 3% da população de 135 mil habitantes de Lérida é muçulmana. E, das muçulmanas da cidade (foto), somente um punhado usa a burca, que cobre o corpo todo, ou mesmo véus que tapam o rosto.

Zero Hora: 9 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Egito busca explicações para ataques de tubarão no Mar Vermelho

Ataques de tubarão contra turistas no Mar Vermelho provocaram uma onda de especulações sobre o que poderia ter causado os incidentes, e as possíveis causas variam desde a pesca exagerada até uma conspiração israelense para prejudicar o turismo egípcio.
O corpo de uma alemã de 70 anos foi encontrado na praia que beira o Mar Vermelho em Sharm el-Sheikh, no Egito, depois de um ataque no domingo. Autoridades disseram que o tubarão havia arrancado um pedaço de sua coxa direita.
O Egito suspendeu recentemente uma proibição ao nado em algumas partes da região, imposta depois que três russos e um ucraniano foram feridos em ataques de tubarões na semana anterior.
O governo convidou especialistas internacionais para ajudar na localização dos tubarões assassinos, mas autoridades não puderam dizer o motivo do comportamento dos animais.
"Não há nenhum motivo que pode ser descartado. Estamos buscando qualquer razão que tenha causado a mudança no comportamento dos tubarões", disse à Reuters o secretário-assistente da região do Sul do Sinai, Ahmed el-Edkawi.
Alguns disseram que os tubarões foram atraídos para as águas rasas depois que gados embarcados para o país no ano passado para serem sacrificados no banquete islâmico Eid al-Adhad morreram a bordo e foram lançados ao mar.
Outros sugerem uma conspiração secreta da agência de inteligência israelense, o Mossad.
"O que está sendo dito sobre o Mossad lançar tubarões assassinos no mar para prejudicar o turismo no Egito não está fora de questão, mas precisamos de tempo para verificar", disse o governador do Sul do Sinai, Mohamed Abdel Fadil Shousha, segundo a agência estatal de notícias egynews.net.
Especialistas locais de mergulho disseram que ataques independentes por tubarões eram extremamente raros na região, e não conseguiram entender por que tantas pessoas foram atacadas em tão pouco tempo.
(Reportagem de Mohamed Zaki e Sarah Mikhai  (REUTERS

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eleições no Egito


Centenas de apoiadores da Fraternidade Muçulmana - principal grupo do bloco de oposição ao presidente Hosni Mubarak - cercaram os locais de votação no Egito e enfrentaram a polícia em manifestações de protesto sob alegação de que as eleições legislativas foram fraudadas. As manifestações aumentaram em vários locais na costa mediterrânea da cidade de Alexandria e no Cairo depois do encerramento das eleições. 


Em Alexandria, cerca de 800 pessoas protestaram do lado de fora da delegacia de polícia para onde os votos foram levados. Os protestos na cidade e no Cairo ocorreram durante todo o dia de votação, no qual muitos observadores independentes foram impedidos de chegar aos locais de votação. Em alguns lugares, os candidatos do governo foram vistos comprando votos dos eleitores próximo aos locais de votação. 


As eleições parlamentares ocorridas hoje são as mais significativas para as eleições presidenciais previstas para o próximo ano. Pela primeira vez em quase 30 anos a presidência do país vem sendo questionada. Mubarak está com problemas de saúde depois de ter passado por uma cirurgia no começo do ano. Seu partido disse que ele concorrerá a outro mandato de seis anos, informação que não pôs fim às especulações sobre o futuro da liderança do Egito. 


As preocupações aumentaram porque no último ano os egípcios ficaram revoltados com a alta dos preços, os salários baixos, o desemprego persistente e os serviços escassos, apesar do crescimento econômico que alimentou a expansão das classes mais elevadas. 

Nas eleições de hoje, pelo menos 1.200 apoiadores do partido fundamentalista islâmico Fraternidade Muçulmana, único rival do governo, foram presos e muitos de seus candidatos viram suas campanhas serem interrompidas repetidas vezes. Nas últimas eleições parlamentares em 2005, a Fraternidade Muçulmana impôs uma derrota ao governo ao conquistar um quinto dos parlamentares com direito a voto. As informações são da Associated Press.

AE - 19h34, Domingo, 28 de novembro de 2010